sábado, 26 de dezembro de 2009

AC/DC - High Voltage - Review

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Comprei esse album recentemente e resolvi fazer um review =) Então lá vai...
O disco foi lançado em 1976 e é o primeiro álbum da banda (me corrijam se eu estiver errado =)). A primeira música é a famosa It's a long way to the top, que posteriormente foi regravada por outras bandas famosas. Trata-se de um clássico do AC/DC que inclui uma gaita escocesa, provavelmente "tirada" das origens da banda.
O disco segue então com Rock 'n' Roll Singer. Essa música me fez pensar na banda ainda no começo, ao escrever essa música e se imaginando se realmente seriam uma banda famosa de rock n' roll no futuro. A terceira faixa é a também conhecida The Jack. Como disse o Brian Johson em sua última passagem pelo Brasil, Angus tem o rock n' roll nas veias e o blues na alma. As frases e solo dessa música são demais!
O disco segue ainda com Live Wire, T.N.T., talvez a mais conhecida do disco, presente em todos os shows da banda e Can I sit next to you Girl, essa última pra mim a mais fraca de todas. Little Lover e She's got Balls abrem cominho para a última música e título do disco: High Voltage. Umas das músicas que mais gosto de ouvir, o riff dessa música não me sai da cabeça!
Por fim, com músicas como a Rock 'n' Roll Singer e Little Lover, esse álbum mostra a vontade da banda em tocar Rock n' Roll e se tornarem famosos naquele ano. Talvez foi também o álbum que fez deles uma banda de sucesso, considerando que um ano depois assinariam contrato com a Atlantic Records e daí pra frente construirem um história de sucesso.
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AC/DC
Angus Young - Lead Guitar
Malcolm Young - Rhythm Guitar
Bon Scott - Lead Singer
Phil Rudd - Drums
Mark Evans - Bass

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

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Feliz Natal e um bom final de ano para todos os leitores do bangerfc!!
Em 2010 o blog voltará para dominar!

HAIL!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Lionel Messi, o melhor do mundo.

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“Criado” pelo Barcelona desde os 13 anos de idade, Lionel Messi despertou nesse clube, ainda pequeno, um interessse que viria a se tornar um grande retorno no sentido de títulos e lucro financeiro alguns anos mais tarde. Entre 2003 e 2004, com apenas 16 anos, o ainda garoto argentino já impressionava por sua habilidade e pouco tempo depois já fazia parte do elenco principal da equipe do Barcelona.
Entre 2008 e 2009 ajudou o Barça a conquintar a Copa del Rey, a La Liga e a UEFA Champions League, levando o clube à inédita tríplice coroa. No dia 19 de Dezembro de 2009, venceu junto ao clube, contra o Estudiantes da Argentina, a Copa do Mundo de Clubes da FIFA 2009, por 2x1 com um gol de peito no final do segundo tempo das prorrogações.
Ainda neste ano, viria a concorrer a mais um título. Mas desta vez não havia adversário: Cristiano Ronaldo, Xavi Hernández, Kaká e Andrés Iniesta apenas foram a Zurique assistir o que o mundo já sabia: Lionel Messi eleito pela FIFA o melhor jogador do mundo.

Veja abaixo o gol na final do Mundial de Clubes 2009:

http://www.youtube.com/watch?v=tgjQGcJfIZA

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

BR 2009 - Uma vez Flamengo, sempre Flamengo!

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Oscilação na ponta da tabela, embaixo dela, mudanças de técnicos, arbitragens duvidosas, muita coisa rolou nessa temporada do campeonato Brasileiro. Quem apostava no Flamengo campeão? Ou na fuga do Fluminense do rebaixamento? Esse campeonato podemos dizer que foi um dos, se não o mais emocionante de todas as edições. Fica difícil falar de 8 meses de futebol em poucas linhas mas, vamos lá: vou falar de alguns times para ficar mais fácil.

Flamengo: ótima campanha, torcida sem comentários e destaque para Petkovic e Adriano, que jogaram MUITA bola. Agora é manter a equipe sólida e fazer bonito na Libertadores 2010.

Inter: o Inter sempre faz boas campanhas, já vimos isso em edições anteriores, mas vaga na Libertadores não mata a fome do torcedor. Acho que para o ano que vem o clube tem que se preparar para entrar e lutar pelo primeiro lugar.

São Paulo: o Tri-Hexa desta vez deixou a desejar, além das derrotas no Paulista e Libertadores, teve chance de ser Hepta e deixou escapar. Nada que mais uma Libertadores ano que vem não resolva (rs). Acho que o torcedor não está tão decepcionado assim, afinal a campanha foi boa e os ultimos 3 títulos ajudaram a superar as derrotas durantes o ano.

Cruzeiro: que surpresa! Parabéns ao clube pela vaga na Libertadores. O Cruzeiro é um time forte e com certeza deve montar uma equipe para vencer em 2010.

Palmeiras: acho que o time lutou até o fim e de forma alguma concordo com a pressão da torcida. Se perdeu, perdeu. É claro que há frustração por parte dos torcedores, mas esse é o momento de apoiar o time e pensar no ano que vem.

Fluminense: devo admitir que torci para o time sair da zona de rebaixamento. E também na Sulamericana. A torcida certamente não merecia torcer em 2010 por um título na segundona e o time fez por merecer.

Os destaques do ano para mim: Pet, já mencionado, Danilo (que o Palmeiras gastou uma fortuna, mas valeu cada centavo), Diego Souza, um monstro em campo, Paulo Henrique, revelação e Kléber, Fred e Adriano, matadores. A bola murcha fica para os árbitros e seus auxiliares. Não é de hoje que a arbitragem no Brasil vem decepcionando.

E assim acaba o Brasileirão 2009. Parabéns ao Flamengo, Penta campeão e à todas as torcidas que vão ao campo TORCER. É hora de comprar e vender jogadores e fortalecer os clubes para o ano de 2010. Que venha a Copa. Alô Galvão!



quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Balanço metálico 2009

E aí galera, após umas férias (mal começamos e já tiramos férias, rsrs), o blog está de volta!
Como está chegando o final do ano, farei aqui um balanço sobre os lançamentos de 2009. Resolvi não fazer uma simples lista de “melhores do ano” porque eu ouvi só uns 2% de tudo que foi lançado, acho que isso é algo mais indicado pra alguém que costuma acompanhar todos os lançamentos (coisa que eu definitivamente não faço, normalmente fico com minhas velharias). Portanto, me limitarei a comentar os álbuns que mais gostei esse ano, e alguns que me chamaram a atenção, mas não tive tempo de ouvir.

Vamos lá:


Heaven And Hell - The Devil You Know



F-O-D-A!
Seria impossível um disco lançado pelos caras que mais contribuíram para a formação do Metal (afinal, estamos falando de Black Sabbath) ser ruim, não acham?
O que ouvimos aqui são músicas muito bem compostas, absurdamente pesadas e magnificamente tocadas. Toda a banda está em ótima forma: Dio, que soube adaptar muito bem sua voz às limitações da idade, continua cantando MUITO; Geezer Butler é simplesmente um dos melhores baixistas que já existiram, Vinny Appice, apesar de muita gente falar mal, é um excelente baterista, que possui um estilo bem “econômico”, mas que adiciona muito peso às músicas e o MESTRE Tony Iommi dispensa quaisquer comentários, riffs que martelam a cabeça, e solos melódicos e cheios de feeling...é o REI da guitarra Heavy Metal!
Quanto às músicas: “Sabbazeira” clássica! Talvez um pouco mais arrastadas e “doom” do que o estilo adotado em Heaven And Hell e Mob Rules (1980/1982), aproximando-se bastante do som de Dehumanizer (1992) e também do som clássico da era Ozzy.
Não vou perder mais tempo descrevendo as músicas, se ainda não ouviu, OUÇA!
Em volume perfurador de tímpanos, claro...



Immortal - All Shall Fall



O Immortal é uma banda que eu gosto muito, tocam uma espécie de Black Metal épico, com muita influência de Heavy tradicional e de Thrash estilo 80’s. Após 7 anos parados, lançam esse álbum, que segue o estilo dos últimos (principalmente do Sons Of Northern Darkness, de 2002), porém as músicas estão mais cadenciadas, andando quase sempre em mid tempo. Algumas músicas copiam Bathory de um jeito descarado, mas qual o problema nisso? Uma banda foda que segue os passos de outra banda foda, nada melhor que isso...
Recomendo pra qualquer fã de Metal, não precisa dizer que não gosta de Black Metal, o som do Immortal tem competência pra agradar a qualquer pessoa que goste de Metal em geral...


Esses foram os álbuns de 2009 que eu mais gostei, no próximo post comentarei sobre mais alguns, e sobre um que me decepcionou, falô!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Kill The Dragon, Ronnie!

E aí povo, com um certo atraso, venho representar aqui a minha torcida pela rápida recuperação da Voz do Metal, Ronnie James Dio...

O baixinho foi diagnosticado com câncer no estômago há alguns dias atrás, e foi obrigado a dar uma parada na tour que estava fazendo com sua banda, enquanto o Heaven And Hell tira umas férias (o véio não sossega!).
Espero, sinceramente, que esta seja a única parada que ele tenha que fazer devido à essa doença maldita! Ele ainda tem muita bala na agulha, e o Metal ainda precisa dele!

Vamos torcer sinceramente pra que ele não seja obrigado a abandonar sua carreira por causa do câncer, o que seria muito injusto, pois após vê-lo lançando álbuns e fazendo turnês nesses últimos anos (mesmo já estando próximo dos 70 anos!) fica claro que esse cara ama o que faz, e não merece ter que se aposentar antes que realmente ache que não tem mais nada pra fazer no mundo da música.





FORÇA DIO!

domingo, 29 de novembro de 2009

ACDC em SP – review

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57,4. Essa é a idade média dos 5 integrantes do ACDC que se apresentaram no dia 27 de Nov. em SP.
O show começou as 21:30h como planejado e logo no telão se viu o vídeo animado que a banda tem exibido nesta turnê. Trata-se de uma locomotiva em alta velocidade, com Angus e Brian rodeado de garotas semi-nuas (detalhe para um loira fazendo um boquete ao Brian rs e Angus recebendo chupadas de duas delas). Na sequência a locomotiva sem controle se choca e, em meio a explosão, no palco surgem Brian, Angus, Malcolm, Cliff Williams e Phil Rudd, além da locomotiva que ficou por lá o show todo. Começava o show do ACDC depois de 13 anos ausentes no Brasil.
Rock n roll Train mostrou toda energia que a banda apresentaria pelas 2 horas seguintes, seguidos de Hell Ain’t a Bad Place to Be e Back in Black, duas clássicas que não deveriam ficar de fora de nenhum show da banda. Detalhe para Brian que não sabe falar Brasileiro (é Português, Brain!).
A música seguinte caiu como uma luva nas apresentações do novo álbum Black Ice, não sei como alguém pode ficar parado ao ouvir Big Jack, fazendo com que sentíssemos apenas falta da Anything Goes, que a banda, não se sabe por que, não tem tocado nos últimos shows.
Dirty Deeds Done Dirt Cheap voltou a animar o público, pois é bem verdade que Big Jack apesar de uma ótima música, não era familiar a todos presentes no Morumbi.
Uma pausa e luzes apagadas mostraram o que viria depois: Thunderstruck. Angus e os raios projetados nos telões garantiram a introdução desta que foi uma das melhores da noite. Essa música mostrou bem que a produção da banda é de alta qualidade, o jogo de luzes azuis e vermelhas fizeram um espetáculo a parte.
Brian finalmente falou algumas palavras, o que me levou a crer que viriam com Whole Lotta Rosie, apesar de saber que ela estava reservada mais para o final, foi algo como: “essa é uma canção sobre uma mulher suja, que faz mal a bons homens!”. The Jack é um blues que ao vivo ganha mto mais sentimento. Daquelas canções de se afundar a cabeça em um bar e mandar algumas doses para dentro. Angus aproveitou o momento para exibir seu cuecão com as letras ACDC em um strip horrível porém divertido. Sorte dele saber tocar guitarra.
Hells Bells é uma música que não te faz cantar aos berros, mas é um clássico e não pode ser deixada de fora. O show seguiu com Hells Bells, Shoot to Thrill, War Machine e Dog Eat Dog. Devo admitir que não me lembro de muitos detalhes dessas música, além disso o review está ficando grande demais.
No melhor momento do show seguiram You Shook Me All Night Long e T.N.T. (Oi!, Oi!), cantadas em uma só voz por todo o estádio, Whole Lotta Rosie (essa era para mim a música mais esperada), que junto trouxe a famosa boneca de Rosie em cima do trem e Let There Be Rock. Esta última seguida de um solo enorme (podia ter sido um pouco menor, ficou cansativo ouvir aquelas várias notas por tanto tempo!).
Luzes apagas e fogo no telão: para o bis a banda reservou Highway to Hell, executada por Angus com suas dancinhas e chutes no ar.
Por fim, For Those About to Rock (We Salute You), encerrou a noite com canhões e fogos de artificio na despedida da banda. Com apenas alguns “Thank you!” e “hu Yeah!” entre uma música e outra, Brian, Angus e cia mostraram o que é um show de rock n roll.

Série Metal Gods: MANOWAR (continuação)

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Após Kings Of Metal, a banda entrou em um processo de estagnação criativa (na minha opinião, claro), e nunca mais lançou um álbum realmente muito bom como os primeiros, apenas álbuns legais, com músicas grudentas e feitas para agitarem os shows, sendo que os 2 últimos (Warriors Of The World e Gods Of War), são os mais fracos da carreira dos Kings.

Além da queda na qualidade das composições, a banda ficou muito “preguiçosa”, pois lançavam 1 disco por ano no começo da carreira (inclusive dois no mesmo ano, Hail To England e Sign Of The Hammer), e a partir da década de 90 entraram em um ritmo de 1 álbum a cada 4, 5 anos, e um monte de vídeos ao vivo nesse meio-tempo.

Aliás, falando em vídeo ao vivo, os shows da banda são uns dos melhores de Heavy Metal! A produção dos shows, a energia das músicas ao vivo e a devoção dos fãs tornam um show do Manowar divertido até pra quem não gosta. Recomendo o dvd The Absolute Power, pra quem quiser conferir.

Enfim, o Manowar é uma banda muito importante para o Metal, mesmo com todos os defeitos que tem. Uma banda que influenciou muitas dessas que surgem hoje e que, com certeza, deve ter sua discografia (principalmente os 4 primeiros, repito) analisada com carinho por qualquer headbanger.

Ano que vem provavelmente tocarão no Brasil, eu é que não vou perder!





Ficha

Line-up atual:

Eric Adams (vocal, na banda desde o começo): um dos melhores vocalistas de HM do mundo! Eric dá um show de interpretação e de potência em todas as músicas da banda. Canta pra cacete!

Joey DeMaio (baixo, fundador da banda): o ‘cabeça’ do Manowar, principal compositor da banda, além de cuidar de toda a parte de negócios. Seu estilo de tocar é bem peculiar, com o baixo muitas vezes tomando o lugar da guitarra nas bases e dedilhados, o que talvez seja a característica mais marcante no som do Manowar.

Karl Logan (guitarra, na banda desde 1994): consegue levar bem as músicas antigas, e não compromete nas novas, além de dar uma forcinha nas composições, um bom guitarrista, nada de espetacular.

Scott Columbus (bateria, entrou no Into Glory Ride, ficou até 1991, saiu por três anos e voltou): batera bem “durão”, não costuma criar linhas complexas e quebradas, mas tem uma pegada muito forte e se encaixa perfeitamente no som da banda.

Ex Integrantes:

Ross The Boss (ex guitarrista, 1980 a 1988): fundou a banda junto com Joey DeMaio e permaneceu até 1988, Ross foi o membro que mais colaborou com composições, sendo que, depois de sua saída, DeMaio praticamente monopolizou a autoria das músicas do Manowar. “O Chefe” pode ser inferior tecnicamente a Karl Logan e David Schankle, mas, na minha opinião, é O guitarrista do Manowar, seus riffs e solos casavam perfeitamente com a música da banda, além de sua valiosa colaboração na criação de grandes clássicos dos kings;

A formação do Triumph Of Steel (David Shankle na guitarra e “Rhino” na bateria, 1989 a 1994, sendo que Rhino entrou apenas em 1991): essa formação gravou o álbum Triumph Of Steel, são mais técnicos do que Ross The Boss e Scott Columbus, e o álbum é o melhor que a banda lançou dos anos 90 pra cá, mas, já sabem né, a formação original é minha preferida , rsrs.

Donnie Hamzik (bateria, 1981 a 1983): baterista muito bom e que toca bem pesado, gravou apenas o álbum Battle Hymns, mas podemos vê-lo tocando no já citado dvd The Absolute Power, que reúne todos os ex-membros no mesmo show. Eu fiquei surpreso, o cara toca muito até hoje, mesmo estando “inativo” desde que saiu do Manowar.

Melhor Fase: 1982-1988
Melhores álbuns: os 4 primeiros
Pior álbum: Gods Of War (2007)
Origem do nome: Man’o’war era o nome de um tipo de navio dos séculos XVIII e XIX.
Em atividade? Sim

Discografia:
Battle Hymns (1982), Into Glory Ride (1983), Hail To England (1984), Sign Of The Hammer (1984), Fighting The World (1987), Kings Of Metal (1988), The Triumph Of Steel (1992), Louder Than Hell (1996), Warriors Of The World United (2002), Gods Of War (2007).

Série Metal Gods: MANOWAR

Essa seção do blog trará sempre comentários sobre bandas que foram, ou são, muito importantes para o nosso querido HM, começando com os auto-intitulados reis do Metal: Manowar.




O Manowar é uma das bandas mais controversas e polêmicas do Metal. Contratos assinados com sangue, letras cheias de auto-elogios (“nós somos os melhores”, “temos os maiores amplificadores”, “tocamos mais alto do que os outros”), shows grandiosos, pose de machões, entre outras coisas; tudo isso contribuiu para que o Manowar formasse uma sólida base de fanáticos no mundo todo (principalmente na Europa), ao mesmo tempo que conquistou uma legião de detratores, tanto na imprensa como entre os próprios fãs de Metal.

O mais engraçado de tudo é que, os motivos que fazem alguém odiar o Manowar são os mesmos motivos pelos quais alguém ama o Manowar. Para comprovar isso, basta perguntar a algum fã, e depois para alguém que detesta a banda, e você verá que os argumentos são muito parecidos, se não forem iguais.

Mas, vamos ao que realmente interessa: a música!

A música do Manowar pode ser separada em 3 “padrões” básicos:

1- músicas bem estilo Metal tradicional, com pegada Rock N’ Roll e letras sobre motos, Metal e mulherada;

2- músicas épicas e longas contando histórias de batalhas, honra e guerreiros bárbaros estilo Conan;

3- musicas instrumentais, releituras de compositores clássicos, baladas e coisas do tipo.

Interessante que estes três tipos básicos de músicas do Manowar foram definidos já no primeiro álbum, que trouxe músicas como Death Tone, Metal Daze e Manowar, que construíram o “padrão 1”, Dark Avenger e Battle Hymn, que formaram o “padrão 2” e Willian’s Tale, que, embora modestamente, abriu o caminho para o “padrão 3”.

Na minha opinião, a essência do Manowar está nos 4 primeiros álbuns: Battle Hymns (1982), Into Glory Ride (1983), Hail To England e Sign Of The Hammer (ambos de 1984). Esses discos abriram caminho para o sucesso da banda, e também foram inspiração para muitas outras bandas que vieram depois, como as milhões de bandas do chamado “Metal melódico”, e também várias bandas de Viking e Folk Metal (a música Gates Of Valhalla, por exemplo, lembra muito o estilo que o Bathory adotaria em Hammerheart, alguns anos depois), além de bandas que seguem o estilo tradicional de Heavy Metal.



Os 4 álbuns são muito bem equilibrados entre si, sendo difícil dizer qual é o melhor, pessoalmente, gosto mais do Into Glory Ride, mas é apenas uma questão de gosto, os 4 são igualmente bons e influentes.

Depois de Sign Of The Hammer, o Manowar caiu de produção com o fraco e claramente comercial Fighting The World (cuja capa é uma cópia de Destroyer, do Kiss), que apesar de ter boas músicas (Carry On, Holy War, Black Wind Fire And Steel), não manteve o nível dos primeiros lançamentos.

Na sequência, Kings Of Metal trouxe uma nova cara às músicas da banda, e, dos discos da década de 80, é o mais parecido com o som dos álbuns recentes. Além disso, é desse álbum a música que eu considero a melhor porta de entrada para alguém que quer conhecer o Manowar: Hail And Kill.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Encanto Online

Lembro-me de que anos atrás a palavra multi-player era sinônimo de dois, e em alguns casos, quatro jogadores com os controles conectados em um único console e a tela da TV splint-screen de até quatro partes. Conseguir amigos para jogar era uma dificuldade, pois nem sempre eles estavam dispostos a jogar. Mas quando a jogatina multi-player começava, a diversão era garantida e compensava o esforço. Melhor ainda quando a mãe era boazinha e preparava uns lanches para matar a fome depois da partida.

O tempo passou e a atual geração trouxe ao mundo o potencial do multi-player, modo há muito visto como orgulho exclusivo dos amantes de PC. Quero frisar a atual geração, por isso não pense que esqueci dos consoles de 128-bits. Hoje o multi-player de um jogo é motivo para um jogo receber notas altas ou não em avaliações de revistas e sites. O fator “replay”, ou seja, o tempo que você joga um game e a diversão que ele lhe proporciona, sem a necessidade de você deixar ele parado acumulando pó, em sua maior parte é definido pelo multi-player. As softhouses dão um bom tratamento para o modo-online de um game e lançam, tempo após o lançamento, expansões ou patches para o multi-player.

Podemos jogar campanhas co-op inteiras, entrar em tiroteios com 64 pessoas, jogar MMORPG (Massive Multi-Player On-line Role Playing Game) com milhares de pessoas conectadas ao mesmo tempo em ambientes colossais, jogar uma pelada com cada gamer controlando um jogador do time, correr em velocidades alucinantes em jogos de corrida, etc.

Vejo três fatores como relevantes para a demanda crescente do modo on-line:

A primeira é a evolução e o acesso de boa parte dos territórios à banda larga, saindo da premissa de que apenas ricos têm acesso à internet em alta velocidade. A banda-larga abriu um leque enorme de opções via-internet e criou fenômenos on-line do entretenimento digital. É possível ver vídeos, ouvir músicas, vídeo-conferências, criação de comunidades sociais com um único clique. A internet saiu dos textos HTML para um patamar gráfico, possível pelo poder de processamento das novas máquinas e de internet cada vez mais velozes. As empresas de games vendo esse potencial começaram a criar um nicho nos jogos, viram a importância do modo on-line e a procura cada vez maior de pessoas que buscam novos limites para seus jogos e com conexões cada vez mais rápidas. Essas conexões permitiram a todos jogarem seus games on-line, usarem head-set para bate-papo durante a partida, a redução de lags (atraso de resposta) nos jogos e fazerem downloads de patches para novos itens e mapas. As LAN’s têm um papel muito importante neste quesito, pois muitos novos jogadores on-line começam depois da primeira experiências com esse modo de jogo.

O segundo fator é a necessidade do ser humano de viver em sociedade, não é possível alguém sobreviver sozinha, isolada no mundo de hoje. Os jogadores sabem que estão jogando com outras pessoas verdadeiras, e não, com personagens controlados pela máquina, gerando maior desafio e o sentimento de não estar sozinho, pois há a possibilidade de bater papo com outras pessoas. Com os jogos on-line, os jogadores viram, lamentam, buscam o melhor para o próprio bem e para a equipe toda (só no free-for-all que não) situações vista na vida pessoal e profissional das pessoas. O valor cultural gerado pelo convívio com pessoas de diversas regiões permite troca de conhecimentos, algo importante neste mundo globalizado.

O terceiro e último fator é a busca por parte dos jogadores de como continuar se divertindo com os jogos que lhes agradam. Eles mostram suas habilidades para os outros jogadores e isso gera o pensamento de sempre querer fazer o melhor e não ficar estagnado em um ponto. Mas agora quero destacar um problema visto por algumas pessoas no modo on-line: o vício exagerado por um game.

Houve casos de pessoas que morreram depois de muitas horas de jogatina on-line, pessoas que abusavam e ficavam mais de 20, 30 horas seguidas on-line e esqueciam das necessidades fisiológicas e da vida real. Um dos motivos para essas pessoas cometerem esses atos é o mercado que existe, principalmente em jogos de MMORPG, aonde jogadores hardcore ficam horas a fio evoluindo personagens e depois os vendem (a senha para ter acesso ao personagem) para jogadores causais, com menos tempo para jogar ou que não querem passar horas na frente de uma tela. O problema é que esses casos servem para os “especialistas” dizerem que videogames é prejudicial à saúde, educação, desenvolvimento do caráter e que incentiva a violência nos jovens. Eu concordo que jogar game muitas horas seguidas é prejudicial a saúde, apenas.

Os consoles estão ganhando foras neste mundo. A SONY com a PSN, do PlayStation 3 e a Microsoft com a Xbox Live, do Xbox 360 atraem milhares de fãs dos jogos destes consoles e, para falar a verdade, não devem em nada para o PC.

O Brasil está fazendo um papel importante nesta onda, com ótimos jogadores ganhando campeonatos mundiais e indústrias consagradas vendo o Brasil com outros olhos abrem suas filiais por aqui.

Terminando, gostaria de ressaltar que apesar de ser muito divertido e viciante jogar on-line, temos de colocar um limite de jogo. Todos têm uma vida pessoal e profissional e temos de ter em mente que o mundo real está fora dos nossos quartos ou salas. Portanto, jogue com consciência.

Eu fui banido da Live por usar um Xbox 360 destravado e jogos piratas, mas irei para a PSN em breve e, logo postarei minha PSN-ID para quem quiser trocar tiro no Call of Duty: Modern Warfare 2.