domingo, 29 de novembro de 2009

Série Metal Gods: MANOWAR

Essa seção do blog trará sempre comentários sobre bandas que foram, ou são, muito importantes para o nosso querido HM, começando com os auto-intitulados reis do Metal: Manowar.




O Manowar é uma das bandas mais controversas e polêmicas do Metal. Contratos assinados com sangue, letras cheias de auto-elogios (“nós somos os melhores”, “temos os maiores amplificadores”, “tocamos mais alto do que os outros”), shows grandiosos, pose de machões, entre outras coisas; tudo isso contribuiu para que o Manowar formasse uma sólida base de fanáticos no mundo todo (principalmente na Europa), ao mesmo tempo que conquistou uma legião de detratores, tanto na imprensa como entre os próprios fãs de Metal.

O mais engraçado de tudo é que, os motivos que fazem alguém odiar o Manowar são os mesmos motivos pelos quais alguém ama o Manowar. Para comprovar isso, basta perguntar a algum fã, e depois para alguém que detesta a banda, e você verá que os argumentos são muito parecidos, se não forem iguais.

Mas, vamos ao que realmente interessa: a música!

A música do Manowar pode ser separada em 3 “padrões” básicos:

1- músicas bem estilo Metal tradicional, com pegada Rock N’ Roll e letras sobre motos, Metal e mulherada;

2- músicas épicas e longas contando histórias de batalhas, honra e guerreiros bárbaros estilo Conan;

3- musicas instrumentais, releituras de compositores clássicos, baladas e coisas do tipo.

Interessante que estes três tipos básicos de músicas do Manowar foram definidos já no primeiro álbum, que trouxe músicas como Death Tone, Metal Daze e Manowar, que construíram o “padrão 1”, Dark Avenger e Battle Hymn, que formaram o “padrão 2” e Willian’s Tale, que, embora modestamente, abriu o caminho para o “padrão 3”.

Na minha opinião, a essência do Manowar está nos 4 primeiros álbuns: Battle Hymns (1982), Into Glory Ride (1983), Hail To England e Sign Of The Hammer (ambos de 1984). Esses discos abriram caminho para o sucesso da banda, e também foram inspiração para muitas outras bandas que vieram depois, como as milhões de bandas do chamado “Metal melódico”, e também várias bandas de Viking e Folk Metal (a música Gates Of Valhalla, por exemplo, lembra muito o estilo que o Bathory adotaria em Hammerheart, alguns anos depois), além de bandas que seguem o estilo tradicional de Heavy Metal.



Os 4 álbuns são muito bem equilibrados entre si, sendo difícil dizer qual é o melhor, pessoalmente, gosto mais do Into Glory Ride, mas é apenas uma questão de gosto, os 4 são igualmente bons e influentes.

Depois de Sign Of The Hammer, o Manowar caiu de produção com o fraco e claramente comercial Fighting The World (cuja capa é uma cópia de Destroyer, do Kiss), que apesar de ter boas músicas (Carry On, Holy War, Black Wind Fire And Steel), não manteve o nível dos primeiros lançamentos.

Na sequência, Kings Of Metal trouxe uma nova cara às músicas da banda, e, dos discos da década de 80, é o mais parecido com o som dos álbuns recentes. Além disso, é desse álbum a música que eu considero a melhor porta de entrada para alguém que quer conhecer o Manowar: Hail And Kill.

2 comentários:

  1. Cara apesar de não ouvir com frequência curto mto o som desses caras. Ainda mais depois de assistir ao DVD (não me lembro qual, ajuda aí Gabriel)... Manowar com certeza sabe fazer um bom show!!

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  2. Acho que Manowar é a melhor banda do mundo... Bem, me incluo no grupo dos que amam Manowar. Parabéns pelo texto.

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